Relatos da técnica de implante de penas na reabilitação de aves silvestres no Centro de Recuperação de Animais Silvestres do Parque Ecológico do Tietê, São Paulo, SP

Relatos da técnica de implante de penas na reabilitação de aves silvestres no Centro de Recuperação de Animais Silvestres do Parque Ecológico do Tietê, São Paulo, SP. A técnica de implante de penas é utilizada para reparar rêmiges e retrizes danificadas, restaurando a capacidade de voo destas aves e, consequentemente, diminuindo o tempo necessário para a reabilitação. É uma técnica muito antiga utilizada principalmente em rapinas, mas pode ser aplicada em outras aves. Os incidentes com linhas de pipa, o manuseio inadequado na contenção ou transporte, o corte de penas e as condições precárias em cativeiros irregulares são as principais causas da incapacidade de voo das aves recebidas no Centro de Recuperação de Animais Silvestres do Parque Ecológico do Tietê (CRAS-PET), localizado entre os municípios de Guarulhos e São Paulo, no estado de São Paulo. O presente trabalho teve como objetivo apresentar os procedimentos de coleta, a técnica de implante de penas em rêmiges, além dos resultados obtidos pelo CRAS-PET com a utilização desta técnica na reabilitação de aves silvestres. A técnica foi aplicada em 85 indivíduos, de 17 espécies, sendo Asio clamator a espécie mais representativa com 27,1% dos procedimentos. A metodologia de substituição total da pena foi adotada para todos os indivíduos, a quantidade de penas foi variável entre três e 37 rêmiges implantadas por indivíduo. Para o banco de penas, o método por corte completo com tesoura de precisão no cálamo mostrou-se rápido e eficiente, as hastes de bambu e o cálamo de outra pena foram mais adequados por serem leves e flexíveis. A cola a base de etilcianoacrilato de média viscosidade apresentou melhor resultado tanto para a manipulação quanto no tempo de secagem. A anestesia geral com isoflurano foi a mais positiva para o procedimento, pois é mais célere e diminui a agitação da ave na recuperação anestésica. A técnica de implante mostrou-se uma excelente ferramenta na reabilitação de animais silvestres e os resultados mostraram uma opção rápida e confiável de reparar penas de voo danificadas e, consequentemente, restabelecer o voo de aves silvestres em reabilitação.

Diversity of ticks in the wildlife screening center of São Paulo City, Brazil

The Wildlife Screening Center (CETAS) of the Tietê Ecological Park (PET), situated at the municipality of São Paulo, receives, treats and rehabilitates wild animals that have been dislodged from their natural environment due to different reasons. This study analyzed the ixodid fauna, and the rickettsial infection in these ticks, collected on wild animals received at the PET’s CETAS. During the period from March 2003 to November 2016, 936 ticks were collected from 96 wild animals (16 bird and 18 mammal species) that were sent to CETAS. The following 12 ixodid species were identified: Amblyomma aureolatum, Amblyomma brasiliense, Amblyomma calcaratum, Amblyomma dubitatum, Amblyomma longirostre, Amblyomma ovale, Amblyomma parkeri, Amblyomma sculptum, Amblyomma varium, Haemaphysalis juxtakochi, Ixodes loricatus and Rhipicephalus microplus. From 67 tick specimens tested by the Real Time PCR for rickettsiae, none were positive. The present research records for the first time in Brazil the following association between the tick stages and hosts that have never been reported before: Amblyomma sculptum nymphs on Caprimulgus parvulus, Asio clamator, Buteo brachyurus, Coragyps atratus, Amazona aestiva and Aramus guarauna, Amblyomma dubitatum nymphs on Alouatta guariba and Sphiggurus villosus, Amblyomma aureolatum adults on Bradypus variegatus, Amblyomma longirostre larvae and nymphs on A. clamator, and nymphs on Megascops choliba and Pyroderus scutatus, besides Amblyomma parkeri nymphs on Penelope obscura and Callicebus nigrifrons, and adult on Nasua nasua.