A polinização e uma relação mutualística bem-sucedida entre morcegos e angiospermas. Apesar disso, pouco se conhece sobre a diversidade polínica presente na pelagem de espécies de morcegos fitófagos. O objetivo deste estudo foi registrar os tipos polínicos encontrados na pelagem de morcegos Phyllostomidae, a fim de identificar possíveis interações entre esses animais e as plantas. Para a captura dos quirópteros no Parque Estadual Fontes do Ipiranga, localizado na cidade de São Paulo, foram utilizadas redes de neblina entre outubro de 2015 e setembro de 2016. Os grãos de pólen foram coletados com pincel e água destilada e submetidos a análise em laboratório. Setenta e dois tipos polínicos foram registrados, sendo que os mais frequentes foram Alchornea (9,3%, n=20), Eucalyptus (5,6%, n=12) e Euterpe (4,6%, n=10). Foram amostrados 267 morcegos pertencentes a cinco espécies, sendo que Artibeus lituratus, Stunira lilium e Artibeus fimbriatus apresentaram as maiores diversidades polínicas em seus corpos. Neste trabalho, foram identificadas interações inéditas entre morcegos e plantas.
Uso de imagens térmicas infra-vermelho para localização e captura de mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus Mikan, 1823) in situ
Devido à dificuldade de capturar os animais diante dos sítios de pernoite utilizados pelos micos-leões pretos (Leontopithecus chrysopygus) da Floresta Nacional Capão Bonito, SP, avaliamos o uso de equipamento para captação de imagens térmicas infra-vermelho como método complementar para localização dos grupos e posterior captura para coleta de material biológico. Neste sentido, nós discutimos a hipótese de que o calor corpóreo pode aquecer o tronco da arvore onde os animais estavam abrigados, facilitando sua localização. O uso da termografia favoreceu a localização e captura dos grupos quando associado a identificação e georreferenciamento de ocos de arvores para posterior análise do gradiente térmico.